
A ex-deputada federal Margarete Coelho (Progressistas) faz críticas à atuação do governo do Piauí no enfrentamento aos problemas de abastecimento e infraestrutura hídrica no estado. Pré-candidata ao governo pela oposição, ela disse em entrevista ao DitoIsto que os últimos investimentos relevantes nesse setor aconteceram na década de 1990, nos governos de Freitas Neto e Mão Santa.
“O Piauí não faz nenhum investimento em recursos hídricos desde a década de 90. Os últimos governadores que investiram em barragens, em acúmulo de água de superfície, foram o Freitas Neto e o Mão Santa, que tinha um projeto maravilhoso que era coordenado pelo Avelino Neiva [então secretário de Infraestrutura] e que deixou uma senhora estrutura de barragens. Só que essas barragens estão abandonadas, sem manutenção.”, falou Margarete.
Embora tenha sido vice-governadora em um dos governos de Wellington Dias (PT), Margarete afirma que as gestões petistas fizeram opção por não solucionar a problemática do abastecimento no semiárido piauiense.
“O que nós temos funcionando [na questão hídrica] foram esses dois governos que fizeram, do Freitas Neto e do Mão Santa. Então, foi uma opção clara dos governos petistas de não cuidar disso. Por isso está dando no que dá, a população aumentando e os recursos hídricos não. Então a conta não vai fechar. Se antes já era escasso, agora a escassez está intolerável”, aponta a ex-deputada.
Ações contra efeitos da seca
Margarete defende investimentos na recuperação e construção de novas barragens para garantir abastecimento e projetos de irrigação que gerem renda para a população. Ela também aponta a necessidade de manutenção dos mais de 26 mil poços existentes atualmente no Piauí e a perfuração de novos poços para ampliar a infraestrutura hídrica.
Além disso, promete que, se chegar ao Governo, vai trabalhar para que a transposição do Rio São Francisco também contemple o estado do Piauí. Segundo ela, os governos do PT “fizeram a opção errada” em não privilegiar o Piauí com a transposição.