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O prefeito de Teresina Silvio Mendes (União Brasil) concedeu entrevista exclusiva ao DitoIsto nesta quinta-feira (12). Ao comentar a crise financeira enfrentada pela prefeitura da capital, o gestor esclareceu que nunca usou o termo “rombo” ao denunciar a situação. Segundo ele, o que sua gestão denuncia é uma dívida bilionária herdada de gestões anteriores, principalmente da gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa.
“É preciso ter muito cuidado com as palavras para poder não confundir a população, e que elas atinjam o objetivo que é de ser. Eu falei dívida, eu falei débitos. O principal foi feito na gestão do Dr. Pessoa, mas tem dívidas anteriores à gestão dele. Então é preciso que se esclareça. O que foi levantado é uma dívida de mais de R$ 3 bilhões, sem contar com algumas ações judiciais que poderão aumentar essa dívida”, explicou o prefeito.
Há uma diferença significativa entre rombo e dívida, assim como entre rombo e déficit. O termo “rombo” remete à desfalque, à perda provocada, via de regra, por uma subtração indevida de recursos. Já déficit é a diferença entre o que é necessário para atender a uma demanda e o que existe na realidade, ou seja, o que falta para inteirar uma conta.
No caso da prefeitura de Teresina, há um acumulado de dívidas que levou ao débito bilionário denunciado pela atual gestão, e cujo prefeito alega não ter recursos suficientes para poder pagar. Essa situação, segundo o gestor, levou à grave crise financeira do município.
Ainda pode aumentar
De acordo com Silvio Mendes, a dívida bilionária pode chegar a R$ 4 bilhões se o município perder algumas ações judiciais.
“Algumas ações judiciais poderão aumentar essa dívida. Por exemplo: tem uma pendência junto à Receita Federal que dá mais de R$ 100 milhões. Tem outra que é uma disputa judicial com o sistema de transporte coletivo ruim, porque não foi pago o subsídio conforme o contrato que foi feito ainda no tempo do Firmino. Eu não sei quem deixou de pagar isso aí e nós voltamos a pagar, mas é uma dívida que passa dos R$ 200 milhões. E tem outra ação dos terceirizados, que é o pessoal que não é servidor público, mas presta serviço na limpeza pública, enfim, na manutenção da máquina administrativa. Então, juntando isso dá algo em torno de R$ 700 milhões. Se esses julgamentos forem contra a prefeitura agrava muito mais essa dificuldade financeira”, alertou o prefeito.
Veja a fala de Silvio: