
O vice-prefeito de Teresina Jeová Alencar foi questionado nesta quinta-feira (15) se em nenhum momento percebeu o descontrole financeiro da gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD). Então aliado político e figura influente no governo de Pessoa, Jeová ficou três anos na gestão e só rompeu em janeiro de 2024, já no último ano.
Mesmo com a influência que exercia, ele disse que só foi possível perceber a desordem fiscal no último ano. O atual prefeito Silvio Mendes (União), de quem Jeová é vice, denuncia que recebeu a prefeitura com dívidas que chegam à casa dos R$ 3 bilhões.
“Na reta final, no período de pré-campanha de um ano, é que a gente percebeu que as coisas começaram a desandar. Dificuldade qualquer prefeito terá, porque os investimentos são inversamente proporcionais às dificuldades do município. Teresina cresceu e crescem também os problemas. Agora, claro, a gente percebe que houve um exagero já na reta final do governo do Pessoa”, argumentou Jeová.
Empréstimos
Presidente da Câmara Municipal nos dois primeiros anos da gestão de Dr. Pessoa, Jeová também eximiu o parlamento municipal da responsabilidade por ter aprovado, sem questionamentos, os empréstimos que hoje impactam na dívida da prefeitura. Perguntado se não acha que a Câmara deveria ter sido mais rigorosa ao analisar e aprovar os pedidos de empréstimos enviados por Dr. Pessoa, Jeová disse que não.
“Claro que não. Olha, nenhum parlamentar é contra empréstimo. Nós sabemos que o que a prefeitura arrecada jamais dará para fazer os investimentos necessários e que a cidade precisa. A cidade e o estado precisam de investimentos externos e a gente faz isso através de empréstimos. Por isso que nenhum deputado é contra empréstimo e nenhum vereador é contra empréstimo.”, alegou o vice-prefeito.
Assista a entrevista: